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A Dan Galeria apresenta a exposição "Dionísio Del Santo: Construtivismo Imagético”. Dionísio foi sempre ascético, silencioso e modesto como um “monge trapista”, diria Mario Pedrosa. Em sua vida como em sua arte, o rigor esteve sempre presente. Com um olho posto no passado e outro voltado para o futuro ele se empenhou na busca de uma síntese pessoal que conciliasse as duas correntes artísticas polarizadas em seu tempo, o figurativismo e a abstração. Nascido no Espírito Santo - maior artista moderno do estado - residente desde a juventude no Rio de Janeiro, Dionísio conseguiu formalizar uma linguagem só sua, de extração concretista é verdade, porém singular como singulares foram as produções de Volpi, de Rubem Valentim e Sérgio Camargo.
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"Nascido no Espírito Santo - maior artista moderno do estado - residente desde a juventude no Rio de Janeiro, Dionísio conseguiu formalizar uma linguagem só sua, de extração concretista é verdade, porém singular, como singulares foram as produções de Volpi, de Rubem Valentim e de Sérgio Camargo.
Em 1947, Del Santo chegou ao Rio. Tinha então 22 anos e a ambição de matricular-se na Escola Nacional de Belas Artes. Sem o diploma do nível médio, teve que se contentar em frequentar cursos livres, o de desenho de observação na ADB – Associação Brasileira de Desenho – e o de teoria das cores ministrado por Candido Portinari de quem se tornou amigo. Esses dois aprendizados marcaram sua carreira."
- Maria Alice Milliet, 2021
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"Liberação pela arte. Nos anos cinquenta, Dionísio assistiu ao surgimento do movimento concreto, ativo no Rio e em São Paulo, quando veio a conhecer alguns de seus integrantes como os artistas Ivan Serpa, Lygia Clark, Lygia Pape, Amílcar de Castro, Hélio Oiticica, o poeta Ferreira Gullar e o crítico Mário Pedrosa.
Embora fascinado pelos princípios construtivos, ele não admitia abandonar bruscamente os trabalhos que vinha desenvolvendo desde o início da década. O problema, segundo ele, 'é que estava ligado, simultaneamente, ao espírito de uma experiência anterior no domínio da xilografia, cuja característica, apesar de despojada e antianedótica, era inseparável de um tenso cunho dramático ligado, portanto, à auto expressão” [1].'"
- Maria Alice Milliet, 2021
[1] Del Santo, Dionísio. Minha relação com a arte concreta e neoconcreta(depoimento de 1976).In: LOPES, Almerinda. Dionísio Del Santo. Vitória: Artviva, 2008, p. 93.
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Dionísio Del Santo, Permuta XL = 1/1 Jano Bifronte, Senhor Tríplice do Tempo: passado, presente, futuro (januarius = janeiro), 1980clique aqui para mais informações
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Dionísio Del Santo, Permuta CL=1/1 Jano Bifronte, Senhor do Tríplice Tempo: passado, presente e futuro (Januarius = Janeiro), 1980clique aqui para mais informações
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Dionísio Del Santo, Serpente Cósmica, 1986clique aqui para mais informações
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Dionísio Del Santo, Signos Cosmogônicos, 1985clique aqui para mais informações
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Dionísio Del Santo, Sem título, sem dataclique aqui para mais informações
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Dionísio Del Santo, Permuta LI = 1/1, 1984clique aqui para mais informações
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Dionísio Del Santo, Permuta LXXVII Vibrações Lineares 1/1, 1984clique aqui para mais informações
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Dionísio Del Santo, Retícula Vibratória Variação Única 1/1, sem dataclique aqui para mais informações
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Dionísio Del Santo, Permuta XLVI = 1/1 Tema Vibrações 110, 1978clique aqui para mais informações
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Dionísio Del Santo, Permuta J = 1/1, 1975clique aqui para mais informações
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Dionísio Del Santo, Sem título, sem dataclique aqui para mais informações
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"O reconhecimento custou a chegar para Dionísio. Em 1998, ele retornou a Vitória para sua primeira retrospectiva em terra capixaba, no Museu de Arte do Espírito Santo. Faleceu ainda durante a vigência da mostra. Seu nome está hoje associado ao do museu, em justa homenagem. Mario Pedrosa, na sua sensibilidade crítica, nunca se enganou a respeito de sua obra: “... a despeito da arte de Dionísio ser fora do tempo como a de todo sujeito arrastado por um tropismo de auto expressão, acabou por definir para o exterior uma concepção de mundo, numa imaginária independente (...) Para tanto conseguiu formalizar um código todo seu, com teor pode-se dizer semiótico ...'[1]."
- Maria Alice Milliet, 2021
[1] PEDROSA, Mario. Dionísio Del Santo (apresentação no catálogo do IBEU, Rio de Janeiro, 1970). In: LOPES, Almerinda. Dionísio Del Santo. Vitória: Artviva, 2008, p. 92.
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